sexta-feira, 2 de julho de 2021

Como é minha autoimagem?

 Autoimagem é algo confuso, eu tenho dismorfia, é algo claro em mim e eu não sei ainda como tratar, faço apenas terapia. 

Eu sei que não sou nenhum padrão de beleza, mas tenho uma relação de confiança com minha aparência, me considero uma mulher charmosa. 

Fui sensual em alguns momentos na faixa dos vinte e poucos anos. 

Minha aparência já mudou muito muitas vezes, entre a obesa e a magra (poucas vezes estive magra), encontrei várias versões de Dhenise. Algumas mais confiantes e exibidas, outras mais inseguras e obcecadas. 

Não gosto de ficar gorda e isso é meio chato... mas às vezes acontece, depende muito de vários fatores, como o estresse em que estou inserida, a insatisfação pessoal, etc. 

Me acho fisicamente interessante. Às vezes quero mudar algo como partes mais flácidas do meu corpo. Sinto saudade da magreza que estava há três anos, mas não sinto saudade da obsessão louca pelo corpo e nem da insatisfação com meu rosto mais enrugado (engordar um pouco é como ganhar um botox natural kkk)...  

Hoje não fico o dia inteiro pensando na minha imagem, costumo valorizar mais o conteúdo e a energia das pessoas e isso tem que me incluir. 

Tem gente que é linda pra mim, mas não gosto do conteúdo nem do que sinto quando estou perto da pessoa; tem gente que não é modelo de beleza, não tem corpo padrão de nada, mas eu só me sinto bem e quero estar sempre por perto, por ter muito a me acrescentar... 

Então penso que hoje, emagrecer é importante para eu ter saúde, para eu ficar confortável com minhas roupas... mas não para alimentar meu ego e minha vaidade. Eu ainda não consegui chegar nesse ponto.

 Deus tá no comando... tudo vem no tempo certo. Um dia estarei pronta para ter um corpo magro sem que meu EGO fique totalmente inflado por isso... Por enquanto, é bom eu estar com os exames e taxas saudáveis... E ter uns quilos extras para me preocupar e me ocupar... 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Emagrecimento e humildade

 Eu tenho visto que a humildade ainda é uma meta, longe ainda... sou muito orgulhosa e quero receber os louros das minhas conquistas. 

Humildade é pedir a Deus que me remova os defeitos de caráter e deixas os créditos com Ele, não querer me gabar de ter conquistado virtudes, mudanças nas minhas atitudes... no momento em que começo a me orgulhar de ter emagrecido, por exemplo, sinto que estou na doença, que não estou trabalhando a humildade. 

É muito delicado, muito sutil isso... 

Humildade é focar no programa e no PS. Humildade é confiar no PS e não ficar angustiada pq as coisas não estão acontecendo no meu tempo. 

Se começo a ficar aflita querendo controlar os resultados é porque perdi a humildade... e eu ainda quero controlar os resultados... eu ainda quero me orgulhar dessas coisas, receber elogios e ficar me exibindo... então ainda tenho muito muito muito o que me trabalhar. 

Que Deus me ajude nessa.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Sobre o reganho de peso - pandemia - e o emocional

 Então lá se vão dois anos desde que atingi meu peso mais magro seguindo insistentemente plano alimentar, malhação, grupo de ajuda mútua e terapia para emagrecer. A fórmula deu super certo, mas...

Esqueceram de me explicar algumas coisas:

Imprevistos improváveis podem levar a uma tensão punk que poderá fazer a pessoa aqui engordar;

Depois que se emagrece, mesmo mantendo uma alimentação super saudável, há um tal "chá de játobão" interior que faz o magro acreditar que comer doces e farináceos "não dá nada";

Há o reganho saudável de até 20% do peso eliminado. Isso é real, acontece que sem essa consciência, o efeito emocional pode ser pesadão;

Pandemia sem grana e tempo para investir em equipamentos e personal, provavelmente vai engordar...

E voilá, eu engordei. 

Dos 108kg emagreci até os 64kg, fui para 68kg, passei 2019 com 70/71kg, bati nos 78,5kg nessa pademia, e cá estou com 76kg. Parece uma novela infinita, parece Grey's Anatomy... afff... que saco. 

Minha cabeça briga com meu corpo, meu corpo ignora minha cabeça. O fato é que estou a 5 meses com uma nutri incrível (que me acompanhou dos 72kg aos 78kg) e agora regulou meu plano alimentar para focarmos no emagrecimento.

Algumas considerações dela vou elencar dada relevância:

- Estresse engorda;

- O peso não é tão importante assim;

- Não adianta emagrecer se a pessoa não está pronta para transformar sua relação com todas as refeições;

- A grande maioria das pessoas engordou nessa pandemia.

É isso, são fatos. Portanto, se você foi uma dessas pessoas que nutriu uma baita admiração por mim por ter me visto emagrecer tanto (e provavelmente é algo que você também está buscando), pode me "desadimirar". Sou humana, falha... E assim como a princesa Fiona... eu engordo e emagreço... depois engordo de novo... e sei que vou emagrecer de novo. Mas não é aí que mora o meu valor... Isso é só um aspecto físico. 

Chega de pirar a cabeça por conta de peso na balança. Vou cuidar da minha saúde, buscar novas conquistas, me alimentar direito, me exercitar para manter a cabeça e o corpo sãos. Tocar meu barco... e viver.

Sugiro que você faça o mesmo.

sábado, 11 de agosto de 2018

Espero não me esquecer

Às vezes passa pela cabeça a ideia q não preciso ser tão organizada, não preciso levar meu plano tão a sério. Mas a ideia de que pequenos desvios me levem a uma grande recaída como já vivi diversas outras vezes é assustadora.
Preciso entender que hoje minha relação com a comida é outra, totalmente outra. Que isso é pra minha vida, e não por um momento específico. É uma vida saudável em razão do que eu quero para mim. Abrir mão de vez da “cabeça de gorda”. Já sei que gosto tem todos os doces de todas as festinhas. Não há nada de novo. Já sei qual o barato que dá.
Não preciso mais disso. Só por hoje.
É a história do “não sou eletrodoméstico pra ficar me testando”. Com essa doença não se brinca.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Fotos de Antes e Depois

Sei que as pessoas curtem essas fotos.

Eu também curto.

E gosto de me comparar, de pensar em medidas, em altura x peso, em percentual de gordura.

No meu perfil do instagram eu tenho publicado muitas fotos minhas atuais, algumas de antes. Hoje tirei uma foto minha que fiquei impressionada com o formato do meu braço.

Olha só que magrela:



Então segue lá:

https://www.instagram.com/dhenisegalvao/?hl=pt-br


@dhenisegalvao

Ah, olha essa atual e antes que meu psicólogo Marcelo Coutinho colocou no instagram dele:

https://www.instagram.com/p/Bk74yQzHZbq/?utm_source=ig_share_sheet&igshid=ok1r4jvdqve5




sábado, 30 de junho de 2018

Em busca de um desenvolvimento espiritual


Então eu tenho gostado muito da prática regular de oração e meditação. Gosto de ter uma religião para aprender e me concentrar na busca espiritual.

Na prática da oração eu falo diretamente e sem rodeios qual é a minha vontade para mim. Depois peço um momento de silêncio para minha mente, para que meu PS possa se comunicar comigo dizendo qual a Sua vontade para mim. E que seja feita essa vontade do PS.

Eu já sei que as minhas vontades me levam para o buraco. Eu já aprendi que saciar as minhas vontades, por mais que pareçam tão certas, me levam a grandes arrependimentos. Então hoje preciso pedir pra que eu me desapegue da ideia infantil de que as minhas vontades precisam ser realizadas.

É complexo pq eu tenho um padrão de conquistadora e um temperamento colérico que não desiste até conseguir aquilo que quero.

Mas tenho pedido para Deus me orientar em identificar o que merece e o que não merece todo o meu esforço.

Para cada vontade, para cada escolha, preciso fazer uma renúncia. Então tenho feito o exercício de refletir sobre isso antes de tomar uma decisão.

Outra prática que me ajuda muito é me perguntar se, além de querer, eu preciso ou posso obter o que eu tanto quero. Normalmente a resposta é não. Então tenho saído fora.

Quando a resposta for sim as três perguntas, então posso fazer uma escolha segura.

As perguntas:

1 - Eu quero?
2 - Eu preciso?
3 - Eu posso?

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Amor é para quem?

Eu estou aqui na fila do combustível (ótima oportunidade para muitas reflexões) e pensando cá com meus botões o quanto estou mais perceptiva.

Essa questão de viver uma alimentação saudável, sem comer compulsivamente, sem comer alimentos que levam quase que invariavelmente para uma recaída na comilança me deixou muito mais sensível, com uma percepção muito mais aprofundada de mim.

É muito difícil lidar com isso, pois muitas coisas doem: muitos sentimentos e lembranças são doídas e difíceis de serem digeridas.

Por muitos anos eu me habituei a lidar com essas dores do passado por meio da comida, criei o hábito de resolver problemas comendo. Então hoje, quando eu estou fragilizada ou derrubada por uma emoção forte, eu preciso aprender a lidar de uma forma real, preciso encarar de frente a dificuldade.

A comida frequentemente me trazia uma falsa sensação de bem estar emocional, acrescida de um desconforto físico grande.

Hoje, e só por hoje, a comida para mim é alimento, é fonte de nutriente. Tenho tomado muito cuidado com os alimentos que engordam, pois eu engordo muito fácil.

Agora estou encarando um processo de reconstruir as minhas relações afetivas. Eu contruí uma relação afetiva com a comida ao longo desses anos, então eu preciso desconstruir isso.

Então, essa história de "eu amo determinado alimento", "estou com saudade de determinado alimento", eu ainda tenho isso e não quero mais. Não acredito que seja legal ficar construindo emoções com alimentos.

A consciência vem de entender que existem alimentos que me dão prazer quando eu como. Eu escolho alimentos extremamente prazerosos nas minhas refeições, mas dentro do saudável, do adequado, do meu plano alimentar.

Agora preciso aprender a desenvolver afeto por pessoas, o que é algo bem mais complicado. É mais fácil pra mim dizer que eu amo queijo.

Para encontrar essa reconstrução, eu preciso olhar fundo para dentro de mim e acessar o momento que fez com que eu deturpasse as minhas relações afetivas...

Essas questões são algumas das que habitam o mundo complexo da Dhenise. Eu tenho buscado destrinchar esse mundo complexo para me reconhecer e por fim, me amar. Afinal, eu sou a pessoa mais importante da minha história. Se não consigo me dar amor, como posso amar ao próximo.

Parece balela, mas é meu momento real. Quero conseguir dizer que me amo tanto quanto eu amo um pedaço de um queijo gostoso.

E deixar o queijo gostoso para as refeições livres.

Pronto, chegou a minha vez.