quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Empoderamento às avessas - aprendendo a ser do lar

Meus pais me criaram e educaram para ser uma mulher autônoma, para buscar realização profissional e para alcançar meus sonhos. Em momento algum me foi ensinado que eu deveria me preparar para ser esposa e mãe.
Acho que minha mãe já era um tipo empoderada.
Na verdade eu alimentei algumas paixões na vida que me levaram a ter sonhos de casamento, mas realmente não acreditava que essa vida de mãe de família não era pra mim.
Então eu encontrei o Fabricio no meio do caminho e resolvemos arriscar.
Hoje eu vejo que meu maior desafio é ser mãe e mulher.
Sou uma excelente profissional, acredito em mim hoje, gosto de usar o que gosto, não sofro com pensamentos sobre o que pensam de mim.
Não sei cozinhar. Mas hoje eu cozinhei.
Eu toco violão, assim como cozinho.
E depois do jantar, do Fabricio dar banho nos meninos, vou cantar uma música para eles dormirem.
Vai que dá certo.

domingo, 7 de agosto de 2016

A primeira mãe do mundo

A primeira mãe do mundo

Porque eu não sabia que seria mãe e nem como seria isso. Acontece que descobri a maternidade quando tive meu filho primeiro. Era o primeiro bebê da minha vida. Primeiro filho meu e de meu marido. Primeiro neto dos meus pais. Primeiro bisneto da minha família materna.
Era uma vida sem crianças e de repente tudo mudou completamente.

Acho que foi como cair no buraco do coelho da Alice. E nunca mais eu virei outra.

Hoje, quando vejo uma mãe carregando seu recem nascido, linda, pois acho toda mãe que carrega o neném e que amamenta a imagem mais bonita do mundo, hoje eu penso: eu sei bem o que é isso.

E percebo que essa mãe é alguém que também acabou de nascer.

Eu nasci junto com meu primeiro rebento. Essa mãe na minha frente também acabou de nascer, bem o sei.

Posso conviver em paz com ela, pois sei que tudo é novo agora e o passado ficou pra trás.